4.8.09

Silence * Silêncio


Como descrever neste silêncio que me habita,
Todo o Amor que nutro por Ti
Quanta palavra em tempos foi dita,
Foram largadas ao vento,
Para nada dizerem, assim.
Quantos gestos foram tidos para demonstrarem um amor sentido,
Para nada ser manifestado no real plano das almas ali vivido.



E agora, aqui,
Renuncio a palavras ditas ao vento,
Renuncio a gestos tidos em vão,
Apenas ficando no nada que sou neste momento,
Apenas fluindo na superfície, pisando este chão,
Desta brisa amena de amor sentido.
Deixando assim, neste silencio,
Que a linguagem das almas expressada através dos sussurros,
E ondas de energia emanada destes corações ao sabor do vento,
Se possam manifestar, em consciência, em murmúrios.
Neste silencio que nos habita, onde tudo já foi dito,
Sem apenas um som ter sido pronunciado.
Aqui me fico
Apenas saboreando a plenitude de Ser Amado.
Sónia

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