Quando falo de entrega, falo, não no sentido de nos desresponsabilizarmos, e de entregarmos tudo e seja o que Deus quiser, mas sim, no sentido em que por vezes desejamos e queremos coisas e/ou pessoas, e lutamos, na pequenez do nosso ego, para conquistar esse objectivo, ou seja o que for.
O que passa, é que nem sempre essa coisa é o melhor para nós, e a Vida, vai demonstrando-nos, sob várias formas e dificuldades que não é por ali o caminho.
Se estivermos atentos aos sinais, saberemos ler e sentir as linhas da Vida, tocando-nos, por vezes subtilmente e por vezes brutalmente.
Mas sempre, sempre no intuito de percorrermos aquele que é a nossa missão, o nosso caminho desta vida, sobretudo usar os melhores dons que temos em prol do próximo.
Quando me refero a entrega, é no sentido de não desejar, não ambicionar, colocar as vontades egóicas de lado, sendo simples perante a magnitude e sabedoria de Vida e do Universo.
E, sim, continuando a saber para onde queremos ir, mas fluindo como a água de um rio pela Vida, que contorna as pedras que se apresentam e as vai lapidando e desgastando, alisando.
É como dizer:
Admito que na minha pequenês do ego, nada sei, colocando-me disponível para aprender, para que a sabedoria e pessoas elevadas possam vir até mim.
É um entregar da nossa vontade pequenina, que julgamos tudo valer, quando perdemos na realidade a conexão com aquilo que realmente somos, a conexão com o nosso Ser Superior, com o qual temos ligação através da Alma.
Assim, trata-se de contactar com a alma, seja através de meditação, ou através de fazer coisas que realmente nos dão prazer e aprender coisas e trabalhar nelas onde tudo flui.
Assim como com as pessoas.
Fiquem em Paz
Sharin
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