12.4.11

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15 de Janeiro 2011, Gorges du Dades

Chegam os primeiros tons do dia, nasce o sol, aquece o carro, ainda consigo quase adormecer...
Saí, e fui andar um pouco.
Havia uns camelos, com um pastor ancião e outro mais jovem.
Entre esses camelos, havia um jovem camelo com a íris dos olhos branca, parecia albino. Reclamou quando cheguei ao pé dele, parecia falar. Os camelos aqui para estas bandas reclamam por tudo e por nada, estão sempre a comunicar. Comia tranquilamente cardos com espinhos grossos de 1 e 2 cms. como se fossem batata frita ! É incrível como não se ferem com os espinhos !
Seguimos viagem em diracção a Gorges du Dades.
Uma estrada vai serpenteando as montanhas formando curvas e contracurvas até chegar lá acima.


No vale onde pernoitámos estávamos a aproximadamente 1500 metros de altitude. Á medida que íamos subindo, o ar ia arrefecendo, lá em cima o GPS marcava mais de 2000 metros de altitude.
A vista é esplendorosa, céu azul, montanhas íngremes, o paraíso e desafio de qualquer amante da escalada e montanhismo. Lá em baixo no vale, um estreito rio percorre todo o percurso das montanhas, que se vão ligando umas ás outras. A paisagem contrasta com a cor seca das montanhas de pedra nua, com o vale verde lá em baixo separado pelas águas tranquilas do rio.
Fazemos o mesmo percurso de volta, de regresso a Zagora e Foum Zguid, terminando este trajecto.
O caminho para Zagora era de terra batida e pedras, árduo de fazer. Eu, que toda a viagem uns mil e tantos kms. em dois meses, que tinha feito na moto 4 cm o Paul e o Ahmed no Jeep, agora, dava os sinais do corpo que já não podia mais. Havia apanhado muito frio nos rins lá em cima nas montanhas, tive uma crise de dores nos rins, saí da moto 4 com as lágrimas a saltarem dos olhos com tantas dores, tremia dos rins para todo o corpo, sentia como se duas mãos me esborrachassem os rins, nunca antes havia sentido dores assim.
Passei para o jeep com um cobertor dobrado atrás das costas e com o banco recostado. Seguíamos a 5 kms á hora, porque a estrada de pedras assim o obrigava.
A noite caía... Pernoitámos ali mesmo no caminho... Mais uma noite gelada a tremer de frio. ..A lua a crescer, descia sobre o horizonte pelas 4h da manhã...

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