2.9.10

Origins * Origens


Em teu silencio, olhar que me lê, mil palavras inaudiveis.
Resido na ponta de teus dedos que me tocam suavemente.

Quem és tu?

Meu olhar vai além de teu aparente corpo, que nada era antes de nascer, e nada será após partires.

Meu olhar vai além da aparente atracção fisica, procurando-te na imensidão do universo, onde tua alma reside, após tantas caminhadas.


É aí que te vejo, no plano da dimensão azul de estrelas brilhantes.
Trazes corpo dorido, cansado de sofrer, de ser punido.
Fala apenas o essencial, não se queixa, pois conhece a dor, servil de quem serviu mil vidas humilde e calado.
Falas em teus actos, no amor com que tudo fazes.
Falas na música, a forma como expressas as viagens que vens fazendo.

E em ti, quem sou eu, afinal?

Já não temo pela perda nem anseio pela busca.
Não pergunto pelo amanhã nem reclamo pelo ontem.
Estás aqui, e isso basta.

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