The outward non manifestation of virtue * Tao - A não manifestação exterior da virtude * La no-manifestación externa de la virtud * La non-manifestation extérieure de la vertu

A arte de conservar a vida consiste em ser capaz de tudo conter num só, de nada perder, de avaliar o bem e o mal sem adivinhação, de saber parar e saber quanto é bastante, de deixar os outros em paz e cuidar de si mesmo, de não ter preocupações nem conhecimento, de ser, no fundo, como uma criança.

O Homem perfeito como os alimentos da terra, mas bebe a felicidade do Criador das Coisas. Não é afectado nem pelos homens nem pelas coisas. Não participa de censuras, planos ou maquinações.

Aqueles cujo coração se encontra num estado de repouso, libertam uma divina irradiação, á luz da qual se vêem como são. E somente cultivando um tal repouso o homem pode alcançar o constante. Aqueles que são constantes são procurados pelos homens e assistidos pelo Criador das Coisas.

Não permitas que perturbem o que já alcançaste. Não os deixes penetrar na morada da tua alma, pois ali mora a vontade. E se a vontade não souber o que quer, não haverá vontade nunca.

Aqueles que fazem mal á plena luz do dia, serão punidos pelos homens. Aqueles que fazem mal em segredo, o Criador das Coisas os punirá.

Aqueles que se dedicam ao íntimo na prática não conquistam reputação. Aqueles que se dedicam ás exterioridades esforçam-se por adquirir proeminência entre os seus semelhantes.

A não-existência e o vazio são a mesma coisa. É ali, a verdadeira morada do sábio.

Afasta os estímulos da intenção. Livra a tua mente das perturbações. Despe-te dos embaraços da virtude. Rompe as obstruções do Tao.

O nascimento não é o começo, a morte não é o fim.

Há existência sem limite.  A existência sem limitação é o espaço. A continuidade sem ponto de partida é o tempo.

Aquilo através do qual se entra e se sai sem se ver a sua forma é o Portão de Deus.

Trechos retirados do livro:

Zhuang Zi (Chuang Tse) – A virtude e o vício no caminho do homem perfeito.